QUADRILHA DO SAMPAIO
61 anos de tradição folclórica do RJ
No dia 24 de junho de 1956, sob as bençãos de Nossa Senhora da Conceição, nasceu para este e todos os mundos a gloriosa Quadrilha do Sampaio!
Carmem Perrotta, a pedido do Padre Alexandre fez uma quadrilha para que a quermesse durasse mais tempo.
Tarefa fácil!!! Numa região com tantos imigrantes que fugiram do horror da Europa da segunda guerra mundial, com muitas famílias lindas de sanfoneiros, dançantes, gente das artes... foi fácil ensaiar uma quadrilha para a Igreja de Nossa Senhora da Conceição.
O que ninguém sonhava é que sua líder formava um grupo destinado ao sucesso e à perpetuação da cultura popular.
A vida de Carmem Perrotta se entrelaça com a história da Quadrilha do Sampaio. Ela começou como marcadora e ainda teve que ser a noiva (a sua irmã desistiu de "casar" com o noivo devido às palhaçadas que ele fazia durante o casório!).
O noivo em questão era meu pai, Ivan!!!!
Casaram-se 5 anos se odiando!!! Mas é aquilo... começaram a namorar, noivaram e casaram de verdade.
Eu e minha irmã Ana Paula Perrotta tivemos a glória de "puxar" a Quadrilha do Sampaio durante 22 anos!!!
De 1970 à 2006, foi campeã absoluta de todos os concursos oficiais (municipais e estaduais) do Rio de Janeiro.
Quantos lugares lindos conhecemos!
Quantas platéias apaixonadas!!! Fomos parar na TV! Xuxa, Leda Nagle, Luciano Huck, Ana Maria Braga, Fátima Bernardes, programas de humor, reportagens, documentários, novelas! Gravamos CD com Moraes Moreira! Abrimos shows de Elba Ramalho e Gilberto Gil! Dançamos na casa de Carlos Manga! Fizemos desfile da C&A!
Nessa Quadrilha linda, fizemos amigos, vimos famílias começar...
Vimos amigos se despedirem desse mundo... aprendemos a lidar com as perdas...
Mas o momento é de euforia e de vitória. Somos a primeira quadrilha do mundo a resistir por 60 anos!
Descobrimos um mundo de cultura popular apaixonante!!!
Fundamos um Reino de Brincantes! Carmem Perrotta subiu aos céus no dia 8 de janeiro de 2011 aclamada como a Rainha das Quadrilhas juninas do Brasil. Nossa Rainha é uma estrela a nos inspirar, a nos acalentar e apontar os caminhos certos!
60 anos da Quadrilha do Sampaio, meu referencial de vida! Onde sou brincante. Mais nada. Um brincante a serviço de um Reino de cultura popular, que me apelidaram de Príncipe herdeiro!
Por isso, quero desejar felicidade e vida longa à Quadrilha do Sampaio! Que Ela continue ser fonte rica de amor, cultura, felicidade e alegria de viver!!!
Estendo meus beijos e abraços a todos os brincantes!!! Aqueles que dançam, os que dançaram e são lembrados com carinho (os que são lembrados com carinho, tá?), os que nos admiram e nos apóiam a todos que nos aplaudem!!!
E pra coroar essa temporada inesquecível, teremos nossa Rainha e nossa historia imortalizadas no carnaval da escola de samba Difícil é o Nome, de Pilares! Meu Deus! Que honra!!! Obrigado , carnavalesco brincante Sandro Gomes.
PARABÉNS, QUADRILHA DO SAMPAIO!!!
OBRIGADO, MINHA MÃE AMADA!
SALVE A RAINHA!!!
EU TE AMO,
MINHA QUADRILHA DO SAMPAIO!!!
Alegrai-vos, Brincantes! Chegamos onde ninguém chegou! Ide e espalhai a boa nova!
Palavras de Príncipe
E vamos curtir mais um fim de semana com a quadrilha mais tradicional do Brasil!
Na temporada dos 61 anos da Quadrilha do Sampaio, foram resgatadas marchinhas que embalaram as noites juninas num passado não distante dos dias atuais.
O arraiá é montado, assim como foi por anos na quadrilha de Carmem Perrota, percorrendo com nostalgia as criações dessa genial rainha dos festejos populares, a verdadeira essência da festa junina: comemorar e agradecer a vida!
Na simplicidade apresentamos nossos brincantes, felizes em compartilhar momentos de cultura popular a todos que nos assistem.
Aguardamos vocês!!!!
Noite fria, tão fria de junho.
Os balões para o céu vão subindo,
Entre as nuvens, aos poucos sumindo,
Envoltos num tênue véu.
Os balões devem ser, com certeza,
As estrelas daqui deste mundo,
E as estrelas do espaço profundo
São os balões lá do céu.
Balão do meu sonho dourado,
Subiste enfeitado, cheinho de luz.
Depois, as crianças tascaram,
Rasgaram teu bojo de listas azuis.
E tu, que invejava as estrelas,
Sonhavas, ao vê-las, ser astro no céu.
Hoje, balão apagado, acabas rasgado
Em trapos ao léu.
